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No mundo corporativo atual, uma sigla vem ganhando destaque e força como nunca antes: ESG. O que é? E como essa agenda tem se tornado uma importante estratégia empresarial?

É o que vamos tratar nesse artigo, com a ajuda de uma especialista no assunto. A e-Hive conversou com exclusividade com a dra. Ana David Figueiredo. Ela é advogada e especialista em ESG, fundadora da Transformative Mind, uma consultoria que ajuda organizações a implantarem essa agenda, que está em plena construção.

Nas suas explicações, ela nos oferece insights valiosos sobre como o ESG transcende uma visão romântica de sustentabilidade, posicionando-se firmemente dentro de uma pauta de negócios com impacto real e mensurável.

 

ESG: O que é?

Para quem se pergunta qual o significado de ESG, essa sigla vem de termos em inglês, que se referem a Environmental, Social, and Governance. Ou seja, Ambiental, Social e Governança.

Este conceito, longe de ser uma mera tendência ou uma agenda secundária para as empresas, representa uma evolução crítica nas práticas de negócios, destacando a importância de uma operação sustentável, socialmente responsável e bem governada.

 

Evolução histórica do ESG

A jornada do ESG começou muito antes do termo se tornar popular, enraizando-se nos movimentos de sustentabilidade do século passado, e até antes, em preocupações que surgiam no século XIX.

Essa evolução histórica destaca uma crescente conscientização global sobre a importância de práticas empresariais que respeitem o meio ambiente, promovam a justiça social e exerçam uma governança forte e ética.

Segundo a dra. Ana, “o ESG está dentro de uma agenda de negócios e foi instituído para trazer as empresas para dentro dessa discussão”.

Isso reflete uma mudança significativa na percepção das responsabilidades corporativas, que agora incluem contribuições positivas para o mundo, além da geração de lucro.

 

A importância da governança em ESG

Imagem com sigla ESG no globo terrestre em meio à natureza, dando uma ideia do que é ESG

A governança atua como o alicerce que une os elementos ambientais e sociais do ESG, assegurando que as empresas não apenas falem sobre sustentabilidade e responsabilidade social, mas também as coloquem em prática de forma efetiva.

“A governança é que faz essa colcha de retalhos, ela que junta esses retalhos todos do social e do ambiental”, explica a dra. Ana.

Isso significa que uma governança forte e transparente é essencial para o sucesso das iniciativas de ESG, assegurando que as empresas não só cumpram com suas obrigações éticas, mas também criem valor sustentável a longo prazo.

 

Estratégias práticas para implementação de ESG

A adoção do ESG vai além da conformidade ou da responsabilidade corporativa. É uma estratégia de negócios inteligente que pode levar a vantagens competitivas significativas.

A esse respeito, a dra. Ana destaca: ESG é redução de custos, e mais do que redução de custos, você pode usar o termo lucratividade, porque primeiro você vai se tornar mais competitivo.

Isso mostra como práticas sustentáveis podem resultar em eficiências operacionais, inovação e, consequentemente, em uma melhor posição no mercado.

 

Um exemplo do que é ESG na prática

A implementação da agenda ESG exige uma abordagem prática e inovadora para enfrentar os desafios ambientais e sociais contemporâneos.

Um exemplo dessa aplicação vem do setor da moda, particularmente das empresas de fast fashion, conhecidas por seu impacto ambiental significativo por causa da produção em massa e do ciclo de vida curto das roupas.

A dra. Ana comenta sobre oportunidades nesse ramo que ilustram como empresas podem alinhar suas operações com os princípios ESG, compensando parte dos impactos negativos associados ao modelo de negócio:

você vai trabalhar melhor o descarte daquelas roupas, você vai fazer a tecnologia reversa, como a gente agora tem já exemplos”​​.

Ou seja, mesmo dentro de negócios com altos impactos por suas práticas insustentáveis, há espaço para responsabilidade e inovação.

Como o descarte consciente atende a agenda ESG?

Uma das estratégias mencionadas envolve a adoção de políticas de descarte consciente, em que a empresa não apenas estimula, mas também facilita a reciclagem de roupas por parte dos consumidores.

Existem marcas que implementaram um sistema que não só cobram pelos sacos de compras, em uma tentativa de reduzir o consumo de plástico, mas também oferecem um incentivo direto aos clientes para devolverem peças de roupa que não usam mais. Em troca, os clientes recebem descontos em compras futuras, e as roupas devolvidas são destinadas a outras funções, seja por meio de reciclagem ou reutilização.

Qual o resultado dessa prática?

Essa prática não apenas reduz o desperdício e o impacto ambiental associado à produção de novas roupas, mas também promove uma economia circular dentro do setor da moda. Além disso, ao envolver os consumidores diretamente no processo de sustentabilidade, as marcas fortalecem seu compromisso com os valores ESG e incentivam uma mudança no comportamento de consumo.

Replicando os bons exemplos

A implementação de práticas de descarte consciente e reciclagem no setor de moda fast fashion é um exemplo prático de como as empresas podem integrar a agenda ESG em suas operações.

Ao fazer isso, elas não apenas mitigam seus impactos ambientais, mas também se posicionam como líderes responsáveis, capazes de inspirar mudanças positivas em toda a indústria e na sociedade.

Esse exemplo mostra a importância de estratégias inovadoras e colaborativas para enfrentar os desafios de sustentabilidade, destacando o papel essencial das empresas na construção de um futuro mais justo e sustentável.

 

Educação e formação em ESG

Para que as estratégias de ESG sejam efetivamente implementadas, é crucial que as empresas invistam na educação e formação de seus colaboradores.

A sociedade precisa de um letramento sobre quais são esses fundamentos, essas premissas em ESG. Mas também muitas empresas, muitas organizações e também instituições governamentais já praticam ações sob esse guarda-chuva dessas três letras. As empresas apenas precisam então identificá-las, fazer bem feito e também divulgá-las, porque exemplo também arrasta, afirmou a dra. Ana.

Fomentar essa pauta não apenas promove uma cultura corporativa alinhada com os princípios de ESG, mas também capacita os funcionários, logo, os cidadãos em geral, a serem agentes de mudança, tanto dentro da empresa quanto na comunidade mais ampla.

Uma boa opção para ajudar nessa formação é o curso de introdução em ESG oferecido pela eHive. Destaque também para a ferramenta GPS do ESG, que é um passo a passo prático dentro da ferramenta Trello para implementar ações de ESG na sua empresa.

 

Conclusão: O caminho adiante com ESG

A implementação prática de ESG nas empresas é um imperativo que vai além de ser uma mera tendência.

Conforme a dra. Ana Figueiredo destaca, adotar práticas de ESG é uma abordagem estratégica que oferece redução de custos, aumenta a competitividade e contribui para um legado positivo.

Trata-se de uma jornada transformadora, que não só redefine o sucesso empresarial como também reafirma o papel das corporações na sociedade. Para empresas que visam a excelência, a inovação e um impacto positivo duradouro, abraçar o ESG não é apenas uma escolha estratégica: é uma necessidade fundamental na paisagem empresarial moderna. Marca o caminho para um futuro no qual as empresas desempenham um papel crucial na construção de um mundo mais justo e sustentável.